sábado, 27 de dezembro de 2014

Vida

Vida

Vida....é assim que a chamo.
Vida...foi o alimento da minha alma.
 Recordo da Vida...  quando fecho meus olhos: relembro dos longos abraços, das conversas e risos, das viagens e de cada gesto de carinho e ternura através de um poema ou um post it, ou mesmo através de um sorriso ou um olhar iluminado. Aquela piscadela mortal. Ou mesmo do beijo de despertar.
Carrego na memória: as lembranças dos beijos doces, as canções, aqueles olhos verdes fitando-me. Momentos felizes e o prazer desmedido.
Revejo as fotos, as promessas de amor eterno, sinto o gosto do ratatouille, entre outros apetitosos pratos da culinária ocidental em cada viagem ao passado. Cada música em homenagem ao gato preferido.
Ah, e as gargalhadas!!! Cada alegria...Cada momento inesquecível. Eterno para mim. O cheiro do cravo que gostava de presentear. O amor eterno.
Mas vivo agora num novo ciclo no qual enfrento crises internas.
O novo se descortina para mim. Tenho medo. Tenho curiosidade.
E esse novo mundo me traz a citação de Dickens: “Aquele foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos; aquela foi a idade da sabedoria, foi a idade da insensatez, foi a época da crença, foi a época da descrença, foi a estação da Luz, a estação das Trevas, a primavera da esperança, o inverno do desespero; tínhamos tudo diante de nós, tínhamos nada diante de nós, íamos todos direto para o Paraíso, íamos todos direto no sentido contrário”.
E não esqueço os riscos, as incertezas, as contradições. Eles estão na minha vida. Sei que os tempos de resistência vão continuar. Sei que é preciso constantemente recomeçar do zero, que tudo se esquece. Às vezes, tento rir desses momentos. Sei que a um conformismo se sucederá outro, que uma alegria será consumida por outra alegria.
Novas aventuras são desconhecidas. Não há terra prometida. Há um futuro incerto e estarei sempre cercado de mistério. O sentimento de caminhar entre as trevas e a luz. Mas contemplo um horizonte... Como diria a minha amiga Yasmine: “Constantemente recomeçar, afinal a imutabilidade é a morte”!


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