sábado, 27 de dezembro de 2014

Tenha fé

Tenha fé

Há momentos cruciais na vida, em que nos sentimos aflitos, a sensação de nó na garganta e caímos no mais profundo desânimo. Parece que as forças se esgotam e não há meios de confrontar com a realidade posta. É a face da vida marcada pelas contradições. Tão cheia de paradoxos.

Nesses momentos delicados e de indefinições, relembro, então, das belas estórias advindas da tradição oriental, em especial, a japonesa, que alude à flor de ameixeira que surge, perfumada, rompendo a neve no rigor do inverno. Ou as sementes de trigo que não perdem a capacidade de se reproduzir, por mais que sejam pisoteadas.
Mas como manter um espírito de paz se o coração agitado ou irado sufoca a centelha da persistência e da fé? A fé, sem dúvida, acresce uma dimensão significativa à vida moral da humanidade. Como cristão apostólico romano, eu percebo a fé como uma força poderosa na experiência humana. Principalmente, as orações que nos iluminam e nos fazem entrar em contato com o Desconhecido. É um sentimento permanente. Uma epifania. O encontro com Deus.
Muitas vezes, quando estou deitado e absorto pela tristeza, as orações servem como estímulo na busca do amor, da alegria, da paz interior, da paciência, da bondade, da generosidade, da confiança, da gentileza e principalmente do autocontrole.
Ultimamente estou cada vez mais dedicado à meditação. Meditar virou rotina no meu cotidiano. Alivia o coração e a alma. As angústias, as aflições, os temores diminuem gradativamente à medida que o corpo e a mente relaxa. Muitas vezes percebo que as razões de minha tristeza não se justificam. E sinto que é fundamental ter fé e esperança em dias melhores. Como li certa vez, as orações ou o ato meditar são uma maneira de inundar o corpo de luz e de entrar em contato com nosso eu mais profundo. Esse momento de mergulho em nós mesmos, reconhecemos nossa humanidade, nossos limites, imperfeições e sombras

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