segunda-feira, 17 de março de 2014

Pirâmide da existência

Vivemos, amamos, trabalhamos. Porquê? Goethe diria: "No desejo de erguer tão alto quanto possível nos ares a pirâmide da minha existência, cuja base me foi dada completamente construída". Imagine se todos pensassem em construir a vida como uma obra prima? Muitas vezes, nunca traçamos um plano. Fazemos projetos a curto prazo: escrever tal livro, ensinar em tal universidade, pesquisar sobre um determinado tema, viajar e conhecer novos lugares. Muitas vezes, o acaso toma a dianteira. O reino do imponderável enterra nossos sonhos ou nos fornece gratas e maravilhosas surpresas. Acontecimentos imprevistos tem sido uma tônica de minha existência. E hoje percebi que a Deusa Fortuna tem sido muito generosa nas dádivas que sempre me presentou. Receio que agora na idade madura, ela me abandone como adverte sabiamente o filósofo florentino Nicolau Maquiavel. Mas já defini uma estratégia bastante eficaz para que os meus projetos de vida permaneçam erguendo a minha pirâmide mesmo que de modo imperfeito, arestas um pouco torcidas, degraus desiguais: "escolho bem um ponto de aplicação do meu esforço e serei constante, ardente e penetrante". E nisso, a deusa Fortuna cederá aos meus desígnios e caprichos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário