quarta-feira, 2 de maio de 2012

Guia de carreiras: relações internacionais Profissão exige interesse por economia, política, direito e história. Eventos esportivos e questão ambiental prometem alavancar mercado. Vanessa Fajardo A curiosidade que João Paulo Paixão tinha desde a infância por moedas, bandeiras e capitais do mundo todo virou profissão. O interesse o levou a cursar relações internacionais, o que lhe garantiu o cargo de assessor de relações internacionais na Prefeitura de São Paulo há três anos. Pela prefeitura, Paixão viaja o mundo para fechar parcerias, apresentar a cidade e defender interesses do município. Além de ser bom em geografia, no entanto, quem pretende seguir carreira em relações internacionais precisa ter facilidade para aprender idiomas e interesse por economia, política, direito e história, entre outras habilidades. A procura pela graduação tem aumentado ao longo dos anos. No ano passado, foi o terceiro curso mais procurado do vestibular da Fuvest, que seleciona para a Universidade de São Paulo (USP), com 37,82 candidatos por vaga. Por outro lado, quem conseguir vencer o vestibular e estudar relações internacionais tem dois fortes aliados que prometem alavancar a profissão e expandir o mercado de trabalho no Brasil: a crescente preocupação com as questões ambientais e os eventos esportivos mundiais que serão sediados pelo país nos próximos anos. O profissional formado em relações internacionais está habilitado a negociar interesses e fazer a intermediação de acordos entre diversas partes. Pode trabalhar para países, estados, prefeituras, empresas privadas e ONGs seja buscando recursos, fechando parceiras ou projetos com diferentes objetivos. "Mente aberta e compreensão global" também são características exigidas pela profissão, segundo João Paulo Paixão, de 26 anos. “É necessário ter tolerância cultural e empatia por outros povos. Também é preciso ter facilidade para estabelecer contatos e fazer amizades. Interesse por línguas é fundamental. Português, inglês e espanhol são básicos. É bom conseguir um diferencial como mandarim, por exemplo”, diz Paixão. O Brasil na moda “O Brasil é a sétima economia mundial e está cada vez mais no foco das principais empresas no exterior”, afirma Paixão. Para ele, o Brasil está na moda e Copa e Olimpíadas vão ajudar a colocar o país de vez no mercado internacional. Outro aliado da profissão é a questão ecológica que se tornou tema de discussão no mundo todo. Paixão reforça que é necessário haver uma negociação entre as nações para que o planeta não seja afetado. Como além de meio ambiente, o tema ecológico envolve interesses políticos, sociais e econômicos, um profissional multidisciplinar como o formado em relações internacionais, está habilitado a fazer a ponte entre as nações e instituições privadas. Comércio exterior O profissional formado em relações internacionais é parceiro do formado em comércio exterior e vice-versa, principalmente no setor privado, apesar de as profissões serem confundidas. Enquanto o primeiro atua mais na parte estratégica e de planejamento dos negócios, o segundo cuida dos trâmites operacionais. "Garante que a carga que se compra ou vende será bem embarcada, armazenada e estará segura, conforme previsto em contrato", explica Paixão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário