segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Hitler e o nazismo

Adolf Hitler nasceu em 1888 em Braunau, Áustria, filho de um empregado de alfândega. Aos 21 anos, mudou-se para Viena e tentou sem sucesso entrar na Academia de Belas-Artes para estudar pintura e arquitetura. Vivia de expedientes, como pintar cartões postais. Perambula pelos bares, lia jornais e livros, pernoitava asilos. Autodidata, assimilava mal as leituras. Desprezava judeus, marxistas e as massas, todos incapazes, segundo ele, do sentimento nacional – idéias apreendidas da pequena burguesia vienense. Em 1913, com 25 anos, mudou-se para Munique. Lutou na Grande Guerra com bravura. Ferido duas vezes, foi condecorado com a Cruz de Ferro. No hospital, remoía a derrota, que atribuía não a eficiência do inimigo, mas a traição de grupos políticos radicais dentro da própria Alemanha. Voltou a Munique e passou a trabalhar na sessão de imprensa e propaganda do Quarto Comando das Forças Armadas, a Reichswerth. Em setembro de 1919, Hitler aderiu a um grupo pomposamente chamado de Partido Trabalhista Alemão, fundado por um mecânico ferroviário. Seu programa falava em bem-estar do povo, igualdade perante o Estado, anulação dos tratados de paz, exclusão dos judeus na comunidade.
Hitler pôs sua capacidade oratória a serviço do grupo e contribuiu para a mudança do nome para Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães – Nazi (abreviado do alemão Nationalsozialist). O símbolo era a bandeira vermelha com a cruz gamada. Possuíam um jornalzinho. O capitão Roehm incorporou uma organização paramilitar, as SA (Seções de Assalto), encarregadas de perturbar as reuniões dos adversários. O confuso programa denunciava judeus, marxistas e estrangeiros; prometia trabalho e a supressão das regras ditadas em Versalhes. Em 1921, aos 33 anos de idade, Hitler tornou-se chefe do partido, que tinha apenas 3000 filiados. Depois de fracassar na tentativa de golpe em Munique (1923), Hitler foi condenado a cinco anos de prisão. Cumpriu oito meses, que aproveitou para escrever a primeira parte de seu livro Mein Kampf (Minha Luta). Inspirando-se no fascismo e no bolchevismo, reorganizou seu partido, dando-lhe mais eficiência e disciplina, dotando-o de estruturas administrativas e hierárquicas regionais, de um jornal e de formações paramilitares; além das SA, as SS, brigadas de segurança. Organizou a juventude hitlerista e atraiu sindicatos, associações de médicos, professores, juristas, funcionários e outros profissionais.
José Renato Ferraz da Silveira

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