segunda-feira, 30 de maio de 2011

Líder sul-africano vai à Líbia negociar saída para conflito

DA BBC BRASIL

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, está nesta segunda-feira na capital da Líbia, Trípoli, para o que muitos comentaristas dizem ser a última tentativa de solução diplomática para o conflito no país do norte da África.
Um porta-voz do governo sul-africano disse que o objetivo principal da visita é assegurar um cessar-fogo imediato e o trânsito de ajuda humanitária no país.
Não está claro se a visita de Zuma - a segunda à Líbia desde abril - discutirá estratégias para que o líder líbio, Muammar Gaddafi, deixe o poder.
No entanto, um alto funcionário do governo líbio disse à BBC que não há chance de Gaddafi aceitar isso ou sair do país. Seus simpatizantes dizem que ele pode, inclusive, ser detido por acusações de crimes contra a humanidade se deixar a Líbia.
PRESSÃO
Gaddafi, visto em público pela última vez em 11 de maio, não esteve entre os dignatários que receberam Zuma no aeroporto de Trípoli nesta segunda-feira.
No domingo, o partido de Zuma condenou as ações militares da Otan contra a Líbia.
"Nos juntamos ao resto do continente e a todos os amantes da paz no mundo na condenação dos contínuos bombardeios da Líbia por parte das forças ocidentais", disse o CNA (Congresso Nacional Africano) em um comunicado, após encontro de dois dias.
A África do Sul votou a favor da resolução da ONU que autorizava o uso de força para a proteção de civis líbios, mas desde então tem se mostrado crítica à campanha militar da Otan.
A pressão internacional sobre Gaddafi vem aumentando. O presidente russo Dmitry Medvedev disse no sábado que ele não tem mais o direito de governar o país. França e Reino Unido disseram nos últimos dias que vão usar equipamentos mais sofisticados nas operações militares.
Rebeldes que controlam a parte leste da Líbia dizem que só aceitariam uma solução negociada que inclua a saída de Gaddafi.
Um plano de paz proposto pela União Africana em fevereiro foi rejeitado pelos rebeldes e a Otan por não prever que o líder líbio abra mão de seus poderes.

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