segunda-feira, 9 de maio de 2011

Al Qaeda do Iraque promete apoio a Al Zawahiri e ameaça ataques

DA REUTERS, EM BAGDÁ
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O braço iraquiano da Al Qaeda prometeu apoio a Ayman al Zawahiri -- o "número dois" da rede terrorista-- e disse que pretende cometer atentados para vingar a morte de Osama Bin Laden.
Em nota divulgada nesta segunda-feira em um fórum islâmico na internet, o califa do Estado Islâmico do Iraque (EII), Abu Baker al Baghdadi al Husseini al Qurashi, lamentou a morte de Bin Laden, durante uma ação militar dos EUA no Paquistão.
'Eu digo aos nossos amigos na organização Al Qaeda, e no topo dela ao xeque mujahid (combatente) Al Zawahiri (...): alegrem-se vocês têm homens leais no Estado Islâmico do Iraque, que estão seguindo o caminho correto e não vão desistir nem serem expulsos', disse ele na nota.
A EII, também conhecida como Al Qaeda do Iraque, é o primeiro grupo ligado à rede a manifestar publicamente seu apoio a Zawahiri, suposto sucessor de Bin Laden.
Zawahiri, um médico egípcio, conheceu Bin Laden na década de 1980 no Paquistão, onde ambos davam apoio aos guerrilheiros que combatiam os soviéticos no Afeganistão. Seu paradeiro atual é desconhecido.
Em outra nota, o EII assumiu a responsabilidade por um atentado contra um prédio da polícia na localidade xiita de Hilla, onde mais de 20 pessoas morreram.
EUA REJEITAM DESCULPAS
Os Estados Unidos afirmaram nesta segunda-feira que não há motivos para se desculpar pela operação secreta de um comando militar que matou Osama bin Laden no Paquistão. A declaração veio horas depois do primeiro-ministro paquistanês criticar o "unilateralismo" da ação americana
"Não nos desculpamos pela decisão que o presidente [Barack Obama] tomou", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, ressaltando que Washington levou a sério as queixas do Paquistão.
Ele afirmou que Obama estava convencido de que tinha o "direito e o dever" de ordenar o ataque, realizado por uma equipe de elite da Marinha americana. Carney lembrou ainda que o presidente prometeu ainda na campanha que iria agir para pegar Bin Laden no Paquistão, se necessário.
Carney também afirmou que os Estados Unidos ainda estão buscando cooperação de Islamabad para ter acesso às três viúvas do líder da Al Qaeda que se encontram sob custódia do Paquistão e podem ter informações vitais sobre o grupo terrorista.
"Nós acreditamos que é muito importante manter uma relação de cooperação com o Paquistão, precisamente porque é de nosso interesse de segurança nacional fazê-lo", disse Carney em entrevista a jornalistas.

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