domingo, 3 de abril de 2011

Ban Ki-moon quer punições após massacre na Costa do Marfim

Ban Ki-moon quer punições após massacre na Costa do Marfim

DA FRANCE PRESSE, EM NOVA YORK

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, conversou com o presidente da Costa do Marfim reconhecido internacionalmente, Alassane Ouattara, e pediu a adoção de medidas contra os envolvidos no massacre de 800 pessoas nos últimos dias.
Ouattara negou durante a conversa telefônica, que aconteceu na noite de sábado, que seus simpatizantes tenham participado nos atos de violência na cidade de Duekoue, oeste do país, segundo o porta-voz de Ban, Martin Nesirky. Mas o presidente afirmou que ordenou uma investigação.
"O secretário-geral expressou a particular preocupação e alarme sobre informações de que forças leais a Ouattara teriam matado muitos civis na cidade de Duekoue".
"O secretário-geral disse que os responsáveis devem ser julgados", completou Nesirky.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha e a ONU informaram que 800 pessoas morreram em uma ação das forças pró-Ouattara nesta cidade na terça-feira que tinha como objetivo expulsar os partidários do presidente Laurent Gbagbo.
Duekoue, importante localidade do oeste marfinense, está sob poder dos combatentes de Ouattara, o presidente da Costa do Marfim reconhecido pela comunidade internacional, depois de confrontos violentos com os soldados e milicianos leais a Gbagbo.
A batalha pelo poder prosseguia neste domingo em Abidjan, onde o governo de Ouattara prolongou o toque de recolher até segunda-feira. Organismos internacionais acusam as forças de Ouattara e as de Gbagbo de terem cometido massacres no oeste do país.
Ouattara foi reconhecido como o vencedor da eleição presidencial de novembro, mas Gbagbo se nega a abandonar a presidência.

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