quarta-feira, 16 de março de 2011

Hillary admite urgência em atuar na Líbia devido à violência

Hillary admite urgência em atuar na Líbia devido à violência

DA EFE, EM WASHINGTON

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, admitiu nesta quarta-feira a "urgência" em atuar para frear o regime do ditador Muammar Gaddafi na Líbia, e disse espera que o Conselho de Segurança da ONU alcance nesta quinta-feira um acordo a respeito.
"Acho que há um sentido de urgência. Isso está sendo demonstrado em tempo real", disse Hillary aos jornalistas que a acompanham em sua viagem ao Cairo, segundo o Departamento de Estado.
A secretária de Estado disse ainda que o Conselho de Segurança, que se reuniu nesta quarta-feira em Nova York, está se movimentando "o mais rápido possível" para decidir quais medidas diplomáticas ou militares devem ser tomadas contra o regime de Gaddafi, que bombardeou hoje a cidade de Benghazi, principal reduto dos rebeldes.
"Não saberemos o que podemos fazer até que ocorra uma votação. Esperamos que isso não demore mais que amanhã, e então veremos o que isso significa para Kadafi e seu regime", indicou.
A possibilidade de impor uma zona de exclusão aérea sobre o país, que centra o debate no Conselho de Segurança, é "apenas uma" das opções que devem ser consideradas, e não a única, insistiu a secretária.
No entanto, também qualificou de "ponto de inflexão" a resolução atingida pela Liga Árabe, cujos ministros de Relações Exteriores expressaram no sábado no Cairo seu apoio à criação de uma zona de exclusão aérea.
"Foi uma resolução extraordinária, na qual a Liga Árabe pediu ao Conselho de Segurança que atuasse contra um de seus próprios membros", disse.
"Não quero prejulgar o resultado, mas acho que muitos países que mostravam reservas começaram a reconsiderar depois do comunicado da Liga Árabe. Existe uma atitude muito mais aberta que há uma semana", acrescentou.
Em uma entrevista à rede NBC, Hillary disse que a resolução alcançada pelo Conselho de Segurança deve nascer da "liderança de países árabes".
Quanto à possibilidade de que a ação chegue tarde demais, a secretária destacou que seu governo "conhece perfeitamente as ações" de Gaddafi, e lamenta "seu tremendo desprezo pela vida humana" e sua "determinação em assassinar seu próprio povo".
"Mas achamos que podemos fazer muitas coisas contra isso, se alcançarmos um acordo internacional", afirmou Hillary.
"Não há nenhuma maneira de os Estados Unidos tomarem ações unilaterais em nenhum destes assuntos. Não vamos atuar sozinhos. Se fizéssemos isso, haveria consequências imprevisíveis que acho que seriam prejudiciais", disse em outra entrevista à rede CBS.

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