sábado, 26 de fevereiro de 2011

Obama pede acordo sobre o orçamento a líderes do Congresso

DA EFE, EM WASHINGTON

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se mostrou neste sábado disposto a estudar qualquer proposta séria para reduzir o deficit, mas incentivou os líderes do Congresso a obter um acordo sobre o financiamento do governo para evitar seu fechamento.
"Na próxima semana, o Congresso se centrará no orçamento temporário. Pelo bem dos nossos cidadãos e da nossa economia, não podemos permitir que esta paralisação prevaleça", afirmou em seu tradicional pronunciamento dos sábados.
"Tanto os líderes democratas como os republicanos no Senado e na Câmara de Representantes disseram que consideram importante que o governo possa seguir funcionando enquanto tentam chegar a um acordo sobre um plano para reduzir nosso deficit a longo prazo", lembrou aos legisladores.
Por isso, Obama incentivou-os a encontrar um "terreno comum" para que o país possa progredir e não impeça o crescimento econômico.
"Não será fácil. Haverá muito debate, desacordos e nenhum partido conseguirá tudo o que quer; as duas partes têm que ceder", assinalou Obama, ressaltando que não quer que o Congresso corte os investimentos em educação, inovação e infraestrutura, porque são absolutamente necessários para uma economia competitiva.
À meia-noite da próxima sexta-feira vencerá uma medida aprovada para financiar temporariamente as operações do governo federal. Se republicanos e democratas não conseguirem aprovar pelo menos uma medida temporária, o Executivo terá que fechar por falta de dinheiro.
O último fechamento das agências federais ocorreu durante o mandato de Bill Clinton, por dois dias em novembro de 1995, e depois por outros 21 dias até janeiro de 1996.
A iminente ameaça de fechamento do governo federal parecia preocupar na sexta-feira os republicanos, que controlam a Câmara de Representantes e na sexta-feira propuseram uma medida temporária que os democratas podem aceitar.
A medida permitiria ao governo dos EUA seguir operando durante mais duas semanas, até 18 de março.
A ideia é dar tempo para que republicanos e democratas, que são maioria no Senado, possam chegar a um acordo sobre o financiamento do governo até 30 de setembro -- o restante do ano fiscal -- e evitar seu fechamento.
O problema é que em fevereiro a Câmara de Representantes aprovou a diminuição de US$ 61 bilhões nos gastos públicos para os próximos sete meses, em corte que afeta as áreas que Obama considera imprescindíveis fomentar.
Os democratas rejeitam a redução ao considerá-la exageradamente severa e pretendem alcançar um compromisso com os republicanos. O Senado terá que redigir sua própria versão.
A anterior sessão legislativa nunca aprovou o orçamento para este ano fiscal, que começou em outubro, pelo que os cortes foram realizados dentro de uma medida aprovada para financiar temporariamente -- até 4 de março -- as operações do governo

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