sábado, 26 de fevereiro de 2011

Pesquisas indicam vitória dos conservadores nas eleições da Irlanda


DA EFE
O conservador FG (Fine Gael) vencerá as eleições gerais irlandesas realizadas na sexta-feira (25) com 36,1% dos votos, indicam as primeiras pesquisas, enquanto o governante FF (Fianna Fáil) terá apenas 15,1%, em queda sem precedentes para o partido, no poder desde 1997.
Segundo pesquisa de boca de urna que ouviu 3.500 eleitores, o Fine Gael, de Enda Kenny, obteve seu melhor resultado desde 1982, mas não governará com maioria absoluta.
Com 20,5% de apoio, o Partido Trabalhista se tornará a segunda força nacional e possível parceiro dos conservadores para formar um governo de coalizão.
A apuração dos votos começou às 6h deste sábado (pelo horário de Brasília) e o resultado final pode ser divulgado no domingo. No pleito de 2007, no entanto, as projeções da emissora estatal tiveram uma margem de erro de apenas meio ponto, o que as transformou em um das pesquisas mais confiáveis.
A pesquisa também indica que o partido Sinn Féin, de Gerry Adams, avançará para 15,1%, pelo que aumentará consideravelmente as cinco cadeiras que tem no Parlamento de Dublin (Dáil), formado por 165 deputados.
O Partido Verde, parceiro do FF durante a atual legislatura, obterá 2,7% dos votos e poderá evitar seu total desaparecimento ao conservar algum de seus seis deputados.
Os 15,5% restantes dos votos serão repartidos por candidatos independentes e partidos minoritários, o que indica que terão uma ampla representação no Dáil e poderão representar para o FG uma opção de governo se a formação decidir prescindir dos trabalhistas.
No entanto, a distribuição das cadeiras não ficará clara até que os resultados finais sejam conhecidos, dada a complexidade do sistema eleitoral irlandês, de representação proporcional mediante voto transferível.
O votante recebe uma cédula com a lista de candidatos, enumerados por ordem alfabética, na qual deve preencher o espaço referente ao seu favorito com o número "1", mas, se desejar, pode designar um segundo candidato com o número "2" e assim sucessivamente, de modo que seu voto poderá ser utilizado, de acordo com as normas de transferências, quantas vezes forem necessárias.
Desta forma, algumas formações poderão aumentar ou diminuir seu número de cadeiras graças aos votos de segundas, terceiras e sucessivas preferências.
Os candidatos independentes são beneficiados com essa opção, porque, em teoria, os partidários das maiores formações não costumam dar sua segunda opção aos candidatos rivais mas aos dos partidos periféricos.

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