quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Empresa brasileira quer comprar parte da TAP, diz Patriota


JULIANA ROCHA
DE BRASÍLIA

Uma empresa aérea brasileira estuda comprar uma participação na companhia portuguesa TAP. A informação partiu do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, durante a visita ao Brasil do chanceler de Portugal, Luís Amado.
Patriota ressaltou o aumento do mercado brasileiro para a TAP, tanto com a maior frequência dos voos quanto a maior procura de passageiros.
"Se fala na possibilidade de aquisição de participação de uma companhia aérea brasileira na TAP", comentou o ministro.
Patriota e Amado ressaltaram que as empresas privadas portuguesas são ainda umas das principais investidoras no Brasil. Para o ministro de Portugal, a crise financeira vivida pelo país não deve reduzir esse fluxo de investimentos.
Amado destacou, ainda, que no encontro não foi discutida a compra pelo Brasil de títulos públicos da dívida de Portugal.
Na visita ao Brasil nesta sexta-feira, o chanceler português esteve com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto e almoçou com Patriota no Itamaraty.
VOOS
Segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a TAP representa mais de um quarto do tráfego de passageiros entre Brasil e Europa, com uma fatia de 26,4%. A segunda colocada, de acordo com os dados de 2009 da agência, é a TAM, com 23%.
A TAP é a companhia estrangeira com maior número de voos diretos entre capitais brasileiras e uma cidade europeia. Ela adotou como estratégia expandir operações com voos a partir de capitais do Nordeste.
A empresa é destaque ainda no transporte de carga e ocupa o terceiro lugar neste segmento, com um percentual de 15,2%.
No mercado financeiro e nos jornais portugueses, o nome da Gol figura na lista de interessados no processo de privatização da empresa. O interesse seria uma reação à operação de fusão entre a TAM e a chilena LAN.
No começo do mês, no entanto, a Gol enviou nota respondendo a um questionamento da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em que diz não ter qualquer fato relevante a divulgar sobre o assunto.

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